quinta-feira, 14 de junho de 2012

Moluscos


Os moluscos são animais predominantemente marinhos e de vida livre, podendo, inclusive viver fixos ou enterrados. Embora exista grande diversidade de espécies, todos apresentam um mesmo plano estrutural e funcional. São conhecidas aproximadamente 50.000 espécies viventes, divididas em oito classes - entre as quais se destacam a classe dos gastrópodes, pelecípodes e cefalópodes - e 35.000 fósseis.
 
Gastrópodes são representados por caracóis, lapas, lesmas terrestres e marinhas, búzios, lotirinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar. É a classe mais diversificada do filo. Quando possuem concha, é uma peça única, podendo ser enrolada. São geralmente vagarosos, devido ao peso desta, principal forma de defesa. Para alimentação, todos utilizam rádula (órgão que permite ao animal raspar o alimento).

Pelecípodes, também conhecidos como bivalves, são representados pelos mexilhões, vieiras, ostras e teredos. Seus pés possuem forma de machado e há a presença de concha com duas valvas. A maioria são comedores de materiais filtrados e não possuem cabeça nem rádula. 

Na classe dos Cefalópodes, lulas, polvos, náutilos e sibas são representantes, podendo ter conchas internas ou ausentes. São predadores ativos, encontrados em altas profundidades.

Este filo abriga animais de corpo mole (mollusca!) e com simetria bilateral; triblásticos (três folhetos embrionários) e não segmentados; com corpo revestido por um epitélio simples, com cílios e glândulas mucosas. Além disso, são protostômios (no desenvolvimento embrionário, formam primeiro a boca e, depois, o ânus) e possuem celoma, um espaço preenchido por líquido no interior do organismo que, no caso dos moluscos, está localizado ao redor do coração e ao redor das gônadas e dos rins.

A reprodução é exclusivamente sexuada. Na maioria, os sexos são separados, embora existam espécies hermafroditas. A fecundação pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, alguns possuindo larva trocófora, similar à dos anelídeos marinhos, indicando que esses animais possuem ancestral em comum. 

É presente uma estrutura denominada manto, que se apresenta com modificações para desempenhar diversas funções e, na maioria dos casos, secreta uma concha. Além do manto, possuem pés e olhos bastante desenvolvidos – estes dois localizados na cabeça. 

Quanto à alimentação, podem ser herbívoros, carnívoros predadores, comedores de materiais filtrados, detritívoros e parasitas. O sistema digestivo é completo e alguns possuem rádula.

A excreção se faz por rins. O sistema nervoso é muito centralizado e do tipo ganglionar. Há estruturas sensoriais, tácteis, visuais, quimiorreceptoras e de equilíbrio. O sistema circulatório possui coração, vasos e seios sanguíneos e é, na maioria dos representantes, aberto, embora a maioria dos cefalópodes possuam ele fechado. A respiração pode ser cutânea, branquial ou pulmonar. 

Muitas espécies são utilizadas como alimento. Botões de madrepérola e pérolas são oriundas de conchas de bivalves e “tinta” usada por polvos como defesa era bastante usada em canetas de artistas e arquitetos. Alguns moluscos podem, também, ser danosos: alguns podem perfurar cascos de navios e âncoras de madeira (alguns bivalves), devastar plantações e jardins (caracóis e lesmas), ser hospedeiros de agentes patológicos (caramujos do gênero Biomphalaria), destruir ostras (caramujo perfurador), etc.
http://www.brasilescola.com/biologia/moluscos2.htm

Nematelmintos

O Filo Nematoda (nematos = fio) reúne os animais invertebrados cilíndricos, alongados (variando entre 1 mm a 50 cm) e afilados nas extremidades, sendo normalmente empregado como dimorfismo sexual, o aspecto relativo ao tamanho e a conformidade corporal: os nematódeos machos são menores que as fêmeas, e também possuem uma acentuada curvatura da extremidade posterior. 

Estes organismos são em sua maioria de vida livre, contudo existindo espécies endoparasitas (aproximadamente 50 espécies) de plantas e animais. Habitam os mais diversificados ecossistemas, sendo encontrados no solo, água doce e salgada. 

Entre as principais características anatômicas destacam-se: a bilateralidade corporal, a presença de três folhetos embrionários (triblásticos – com ectoderme, endoderme e mesoderme), a existência de uma falsa região celomática (cavidade parcialmente revestida de mesoderme, considerada pseudoceloma) e situação protostômica (durante o desenvolvimento embrionário forma-se primeiramente a boca e posteriormente o ânus). 

A digestão dos nematódeos é completa, ocorre de forma extra e intracelular, passando o alimento pelo trato digestório. 

Devido à ausência do sistema respiratório nestes animais, as troca gasosa ocorrem através da superfície cuticular epidérmica. 

O sistema circulatório também é ausente, assim, tanto os nutrientes digeridos e os gases absorvidos são transportados pelo fluido pseudocelomático, conferindo, além da difusão de substâncias, sustentação e auxílio na mobilidade, funcionando com esqueleto hidrostático. 

O sistema excretor elimina essencialmente substâncias nitrogenadas, secretando também íons dissolvidos no excesso de água por meio de células especializadas denominadas renete, captando e direcionando excrementos para um canal coletor principal que desemboca em um poro próximo ao orifício bucal. 

O sistema nervoso é presente, formado por um anel nervoso em torno da faringe com dois cordões nervosos longitudinais. 

A reprodução é sexuada, havendo fecundação de gametas que mantêm a variabilidade gênica da espécie, podendo ser monóica ou dióica. O ciclo de desenvolvimento costuma ser complexo, com diversos estágios, às vezes passando o organismo parasita por mais de um hospedeiro. 

Exemplo de duas principais parasitoses humanas: 
Ascaridíase (agente etiológico – Ascaris lumbricoides ou lombriga) 

Transmissão - ocorre através da ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes. O verme se aloja no intestino delgado do ser humano. 

Sintomas – o indivíduo pode manifestar-se por dor abdominal, diarréia e náusea. Dependendo da quantidade de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. 

Medidas de controle - Evitar as possíveis fontes de infecção, ingerir vegetais cozidos e não crus, higiene pessoal e fornecimento de saneamento básico adequado para a população. 

Oxiurose (agente etiológico – Oxyurus vermiculares ou enterobiose) 

Transmissão – ocorre também pela ingestão de ovos, podendo ser de forma direta, da região anal para a boca (comumente observado em crianças), ou indiretamente através de alimentos contaminados. 

Sintomas – náusea, dor abdominal e intensa secreção pruriginosa anal. 

Medidas de controle – higiene pessoal, lavar bem os alimentos e evitar utilizar roupas íntimas de outras pessoas, principalmente de pessoas desconhecidas.
http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/filo-nematoda.htm

Platelmintos

Os platelmintos, também chamados de vermes achatados, são animais invertebrados que possuem simetria bilateral, presença de três folhetos embrionários e ausência de cavidade celomática (acelomados). Podem ser terrestres, habitando locais úmidos, ou aquáticos, de água doce e também salgada, existindo espécies parasitas. 

CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS: 

- Sistema circulatório: ausente (o alimento é difundido pelo organismo passando de uma célula para outra); 
- Sistema excretor: presente (formado por uma rede de túbulos denominados protonefrídeos, culminando em um poro terminal localizado na região dorsal do animal); 
- Sistema respiratório: ausente (as trocas gasosas são realizadas diretamente com o meio); 
- Sistema nervoso: presente (constituído por um par de gânglios cerebrais dispostos na região anterior, irradiando cordões nervosos até a porção posterior);
- Sistema sensorial: presente (através de células fotoreceptoras, os ocelos, esses organismos conseguem se orientar captando energia luminosa).

A reprodução é bem diversificada, existem espécies que se reproduzem assexuadamente por fragmentação, outras sexuadamente com desenvolvimento direto ou indireto (passando por estágio larval). 

Os principais representantes desse grupo são as planárias (Classe Tubelaria), e as tênias solium e saginata (Classe Cestoda) e vermes trematódeos (Classe Trematoda).
http://www.brasilescola.com/biologia/platelmintos.htm

Cnidários


O Filo Cnidária, anteriormente denominado de coelencerata, abrange os animais aquáticos, de forma geral, os marinhos, contudo com alguns representantes de água doce, reunindo em sua totalidade mais de 9 mil espécies representadas principalmente por organismos que vivem isoladamente (hidras, anêmonas-do-mar) e as formas coloniais (as caravelas).

Quanto à organização corporal, esses animais são considerados dibásticos, apresentando dois folhetos germinativos (ectoderma e endoderma), durante o desenvolvimento germinativo, que orientam a formação da estrutura de revestimento corporal em duas camadas: a epiderme e a gastroderme.

Esses animais manifestam dois tipos morfológicos: os pólipos (organismos sésseis) e as medusas (organismos livre-natantes), ambos manifestam orifício bucal por onde o alimento é ingerido, e em seguida transferido à cavidade gastrovascular responsável pela digestão parcial dos nutrientes absorvidos pelas células que revestem essa cavidade, e dessas aos demais tecidos.

Como esse grupo não possui ânus, os resíduos não metabolizados são eliminados também pela boca.

Em sua região superior, existem projeções (os tentáculos) que efetuam tanto a captura de alimentos quanto o mecanismo de defesa, em razão da presença de células especializadas, os cnidoblastos. Esse tipo celular possui, além de um mecanismo disparador de espícula que fere a presa, outro que armazena e libera substâncias urticantes, causando irritabilidade e sensações dolorosas.

A reprodução pode ser assexuada, através da emissão de pequenos brotos que se desprendem dos pólipos, ou sexuada, por meio de gametas dispersos na água, onde fecundam e originam um zigoto.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Sistema Digestivo – incompleto (intra e extracelular);
Sistema Circulatório – ausente (os alimentos se difundem através da cavidade gastrovascular);
Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas diretamente com o ambiente),
Sistema Excretor – ausente (as excretas são liberadas diretamente no meio extracelular);
Sistema Nervoso – presente (difusamente espalhado pelo corpo)
http://www.brasilescola.com/biologia/filo-cnidaria.htm

Metazoa - Poriferos

O filo Porifera abriga animais aquáticos, geralmente marinhos, sem tecidos ou órgãos definidos e sésseis, e se encontram fixados ao substrato. Podem variar quanto à forma, cor e tamanho. O corpo é cilíndrico, oco, com uma abertura na região aérea, denominada ósculo e revestido por células pavimentosas, denominadas pinacócitos, as quais são interrompidas com algumas aberturas, denominadas porócitos. Estas propiciam a entrada de água contendo alimento e oxigênio, motivo pelo qual consideramos as esponjas como sendo animais filtradores. 

As esponjas não possuem sistema nervoso e células sensoriais. Apesar disso, a maioria é capaz de se contrair quando submetida a estímulos fortes, transmitidos de célula para célula. 

Internamente, na espongiocela, há células flageladas: os coanócitos, que permitem um fluxo de água contínuo nesta região, propiciando, inclusive, a eliminação de excreções e gás carbônico com a mesma. O alimento – partículas orgânicas e bactérias – fica preso em projeções localizadas ao redor do flagelo, onde pode ocorrer a digestão intracelular ou fazer com que seja direcionado para células denominadas amebócitos.

Entre pinacócitos e coanócitos há o meso-hilo, uma matriz gelatinosa cujas células, os amebócitos, têm capacidade de se diferenciar em qualquer um dos tipos celulares do indivíduo e têm condições de realizar digestão e distribuir os nutrientes para as outras células.

É nesta matriz gelatinosa, também, que se localizam a espículas, estruturas de sustentação das esponjas constituídas de carbonato de cálcio ou sílica. Algumas espécies com espículas de sílica podem ser, também, sustentadas por fibras flexíveis e de natureza proteica, constituídas de espongina. Há, ainda, representantes que possuem apenas tais fibras, sendo estas as esponjas utilizadas para banho.

Por regeneração de partes perdidas do corpo e formação de broto a partir da célula-mãe se dá a reprodução assexuada dos espongiários.

A reprodução sexuada pode existir, consistindo em fecundação dos espermatozoides (que se diferenciam a partir dos coanócitos) com óvulos (diferenciados a partir dos amebócitos ou coanócitos) no meso-hilo, resultando em uma blástula ciliada que, após algum tempo vivendo como componente do plâncton, se fixa a um substrato e se torna uma esponja verdadeira.

Apesar de a maioria das esponjas ser monoica, há espécies dioicas, com sexos separados.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Fungos

Os fungos já foram classificados como vegetais e também como protistas. Atualmente são agrupados num reino à parte, chamado o reino Fungi. Este grupo inclui organismos diversos, que vivem em quase todos os ambientes terrestres e apresentam uma grande variação de formas e tamanhos.


Podem ser desde fungos microscópicos, formados por uma única célula (unicelulares), como é o caso das leveduras, até formas pluricelulares que atingem um tamanho considerável, como os bolores e os cogumelos. O maior fungo conhecido vive sob o solo de uma floresta nos Estados Unidos e ocupa uma área subterrânea de cerca de 9 km2!
Os fungos são organismos heterótrofos, ou seja, não produzem o próprio alimento, dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para sobreviver. As espécies que se alimentam de matéria orgânica morta possuem um papel importante na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas. 
Sua reprodução pode ser tanto assexuada, através de brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, através do encontro de indivíduos de sexos diferentes.
O corpo das espécies pluricelulares é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação. O micélio corresponde a um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas enquanto o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva destes fungos. Por exemplo, o bolor preto que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo, corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.



Agentes decompositores

Como vimos acima, muitos fungos são saprófagos, "desmancham" animais e plantas mortas, e, desta forma, permitem que a matéria orgânica retorne ao ambiente e dê continuidade ao ciclo da vida.
Porém, esta ação de decomposição pode ser prejudicial ao homem. Quem nunca teve alimentos, roupas, móveis de madeira e outros objetos mofados e estragados pela atividade dos fungos?

Fungos na alimentação

Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana. É o caso dos cogumelos, como o champignon e o shitake. Outros fungos são utilizados na produção de alimentos, como o pão, e em bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.
Na fabricação do pão são utilizadas as leveduras (Saccharomyces cerevisiae), também chamadas de fermento. Estes fungos realizam um processo chamado fermentação, através do qual produzem gás carbônico e álcool etílico a partir do açúcar. O gás carbônico, liberado neste processo, cria pequenas bolhas de gás no interior da massa, fazendo com que o pão cresça e fique fofinho.
A produção de bebidas é realizada através da fermentação de diferentes ingredientes. O vinho, por exemplo, é fabricado a partir da fermentação da uva. Já a cerveja é produzida através da fermentação da cevada.

Medicamentos e parasitas

Alguns fungos produzem compostos capazes de matar bactérias(substâncias bactericidas). A partir destas substâncias são fabricados antibióticos, como a penicilina, utilizada no combate a doenças infecciosas causadas por bactérias do gênero Streptococcus.
Muitos fungos são parasitas, causando doenças nos animais, no homem, e também nas plantas. As micoses são doenças provocadas por fungos, e vão desde frieiras nos dedos dos pés, até graves infecções nos órgãos internos.
Nas plantas estes organismos podem causar uma doença chamada "ferrugem", que provoca lesões de coloração alaranjada nas folhas e pode levar à perda de plantações inteiras.

Associações com outros organismos

Algumas espécies de fungos estabelecem associações que são benéficas tanto para eles quanto para os hospedeiros. Este tipo de relação é chamado de mutualismo. Dois exemplos são os líquens e as micorrizas. Os líquens são associações entre fungos e algas e as micorrizas entre os fungos e as raízes de certas plantas.
http://educacao.uol.com.br/ciencias/fungos

Protoctistas



O reino Protoctista é constituído por organismos unicelulares eucariontes representados pelos protozoários e pelas algas.

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Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com 20 mil espécies. Sendo em grande maioria aquáticos, vivem em mares, rios, tanques, aquários, poças, terra úmida e lodo. São microscópicos, porém algumas espécies podem ser vistas a olho nu, como o Spitostomum (3 mm) e a Globigerina.

Denomina-se pseudópodes, os rizópodes ou sarconídeos, protozoários que se locomovem por expansões do citoplasma. Auxiliam tanto a locomoção como a nutrição.

Os cromossomos representam o material genético.

O citoplasma é formado por material gelatinoso. Está diferenciado em duas zonas, uma externa, o ectoplasma, e outra interna, o endoplasma. As organelas e granulaçõesresponsáveis pelas atividades vitais dos protozoários são encontradas no endoplasma.

Esses protozoários reproduzem-se assexuadamente, por divisão binária.

Os flagelados são protozoários que podem ter vida livre, ser parasitas e mutualísticos. Reproduzem-se assexuadamente por bipartição longitudinal.

Os protozoários ciliados são os que se locomovem por meio de cílios. Possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcelo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução).
Reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução sexuada ocorre por conjugação, que consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e troca de material genético dos micronúcleos.
www.mundoeducacao.com.br 


2 Bimestre

Taxonomia de Lineu

Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.
A primeira tentativa de se classificar as mais de 10 milhões de espécies de seres vivos da terra, data de 3 séculos antes de Cristo quando Aristóteles classificou os animais em “sem sangue vermelho” e “com sangue vermelho”. Como se pode perceber, essa classificação não era nem um pouco prática, então começaram a surgir outras tentativas de classificar os seres vivos.
No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray (considerado o pai da história natural inglesa). No século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico até que, em 1735, Carl Von Linné (1707-1778), mais conhecido como Lineu, publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos (neste caso as plantas) em classes, ordens, gêneros e espécies. A partir daí passou-se a usar o sistema binominal criado por Lineu para classificar as diferentes espécies de plantas adotando-se um primeiro nome em latim para indicar o gênero e um segundo nome indicando a espécie.
A obra de Lineu foi mais tarde republicada em dois volumes (1758-1759) nos quais sua classificação foi aprimorada e os seres vivos classificados de acordo com suas características morfofisiológicas, genéticas e evolutivas em três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. A classificação binominal foi consolidada e vários dos termos utilizados por Lineu, como flora, fauna e etc., são usados até hoje, motivos pelos quais Lineu é considerado o pai da taxonomia moderna.
A taxonomia se divide em dois grandes ramos. Um deles, a sistemática, trabalha com a divisão dos animais em grupos de acordos com suas semelhanças; e a nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação dos seres vivos com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal.
Os seres vivos são classificados da seguinte maneira: reinofiloclasseordemfamíliagênero e espécie.
A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem as mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante, fisiologia e desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental: o cruzamento de animais da mesma espécie deve originar um novo animal fértil. O exemplo mais comum para se ilustrar o que é uma espécie é o cruzamento entre um jumento e uma égua. Ambos, aparentemente preenchem todas as características acima e poderiam ser da mesma espécie, entretanto de seu cruzamento nasce o burro que um animal infértil e, portanto, o jumento e a égua não podem ser considerados como sendo da mesma espécie.
Algumas espécies de plantas conseguem cruzar com plantas de espécies diferentes e originar um descendente fértil, entretanto, elas não são consideradas da mesma espécie por isso.
Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros e os gêneros, por sua vez são agrupados em famílias. Várias famílias formam uma ordem. Claro que conforme se avança na classificação das espécies em sentido crescente (espécie à gênero à família…) a diversidade vai aumentando e as diferenças entre os seres também.
Várias ordens de animais com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em classes. Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes. As classes, por sua vez, fazem parte dos filos e os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos.