terça-feira, 16 de outubro de 2012

Angiosperma

As angiospermas são as plantas de maior ocorrência em nosso planeta, apresentando-se nos mais diversos tamanhos, formas e ambientes. Diferentemente das gimnospermas, são dotadas de flores e frutos. Esta primeira estrutura abriga os elementos relacionados à reprodução sexuada e outras estruturas, a seguir:
- Gineceu (sistema reprodutor feminino):

- Androceu (sistema reprodutor masculino):

pedicelo é responsável pela sustentação da flor ao caule e o receptáculo é a estrutura que prende as sépalas. Estas, em conjunto, são denominadas cálice; e o conjunto de pétalas é a corola. 

Na região terminal dos estames há as anteras: estruturas que abrigam o pólen. Já na região basal do gineceu, localiza-se o ovário da flor. 

As cores atrativas das pétalas, o cheiro da flor e a presença de néctar permitem com que insetos, aves e morcegos se aproximem destas estruturas. Desta forma, tais indivíduos são capazes de propiciar a polinização, ao levarem os pólens até o estigma. Após este evento, o óvulo fecundado transforma-se em semente; e as paredes do ovário, em fruto. 

Ao envolver as sementes, os frutos protegem estas estruturas, permitindo com que a dispersão destas aconteça de forma mais eficiente. Por serem base para a alimentação de diversos animais, estes podem também facilitar este processo. 

Estas duas características, aliadas ao surgimento do sistema de vasos condutores, são os três grandes fatores que contribuíram para que este grupo vegetal fosse constituído, hoje, de mais de 235 mil espécies, em todo o planeta.
http://www.brasilescola.com/biologia/angiospermas.htm

Gimnospermas

Gimnospermas (do grego gymnos = nu; e sperma = semente) é uma subdivisão do Reino Plantae, cujas plantas são vasculares, contudo não possuem sementes contidas em frutos (as sementes nuas). Sendo essa uma das características fundamentais ao grupo durante a evolução, apresentando estruturas produtoras de gametas bem visíveis (fanerógamas), possibilitando a partir de então a conquista definitiva do ambiente terrestre, sem a necessidade de água como meio intermediador para fecundação dos gametas. 

Portanto, a semente é uma estrutura reprodutiva que se forma a partir do desenvolvimento do óvulo (modificação vegetal – uma folha fértil), as primeiras traqueófitas a manifestarem essa condição. 

Assim, a planta propriamente dita é o esporófito, geração predominante sobre o gametófito, que é menor e cresce dentro do esporófito, formando elementos que reunidos em uma estrutura denomina estróbilo (femininos e masculinos). 

Os Estróbilos masculinos são chamados de microsporângios, que por meiose produzem os micrósporos (esporos haploides), passando por divisão mitótica, originando o gametófito masculino (grão de pólen). Da mesma forma ocorre com os estróbilos femininos, porém, recebendo a seguinte denominação: megasporângio, resultante nos megásporos, formando o gametófito feminino (óvulo, contendo a oofera). 

Os gametas se encontram por meio da polinização, principalmente proporcionada pelo vento, transportando o grão de pólen até o óvulo, emitindo um tubo polínico conduzindo o núcleo espermático que irá fecundar a oosfera. 

Depois da fecundação forma-se o zigoto, dividindo-se por mitose, dando origem ao embrião que se desenvolverá em um novo esporófito, inicialmente com estruturas primárias: com uma radícula, um caulículo e gêmulas. 

Esse grupo é subdividido em quatro divisões: Coniferophyta (coníferas), Cycadophyta (cicas), Gnetophyta (gnetófitas) e Ginkgophyta (gincófitas).
http://www.brasilescola.com/biologia/gimnospermas.htm

Pteridófitas

O grupo das pteridófitas compreende plantas que, diferentemente das briófitas, possuem vasos condutores de seiva sendo, por isso, consideradas traqueófitas. Entretanto, não apresentam sementes - tal como os musgos, hepáticas e antóceros - e, ao contrário destas, a fase dominante é o esporófito, com gametófito reduzido. 

Seus representantes podem viver sobre o tronco de árvores e arbustos (epífitas), ou mesmo em ambientes aquáticos. Avencas, samambaias e espécies dos gêneros Selaginella e Lycopodium são as integrantes deste grupo. 

O fato de serem traqueófitas fez com que com o transporte de água, nutrientes e seiva elaborada se tornasse mais eficiente. Essa característica, aliada ao surgimento de tecidos de sustentação, permitiu que seus representantes apresentassem maior porte e se mantivessem eretos. 

Pteridófitas possuem rizoma: tipo de caule semelhante a uma raiz, subterrâneo ou localizado bem próximo ao solo, quase imperceptível. Têm, ainda, folhas divididas em folíolos, sendo que as mais jovens, denominadas báculos, se apresentam enroladas. Em muitas espécies, tais estruturas, quando mais adultas, apresentam soros distribuídos na face inferior. Soros possuem esporângios contendo células-mãe dos esporos. Por meio de divisões meióticas tais células dão origem a esses últimos. 

Esporos, em substrato úmido, se desenvolvem e passam a ser denominados “prótalos”. Nestes, há uma região masculina e outra feminina. Geralmente, com a ajuda da água de chuva, sereno, dentre outros, os anterozoides (gametângios masculinos) se dirigem à oosfera (gametângio feminino), ocorrendo a fecundação. A partir do zigoto, desenvolve um esporófito jovem, completando este ciclo. 

Além da reprodução sexuada, alguns representantes deste grupo reproduzem-se assexuadamente, por brotamento.
http://www.brasilescola.com/biologia/pteridofitas.htm

Metáfitas - Briófitas


Conceptáculos e propágulos: estruturas especializadas para a reprodução assexuada de certas briófitas.
Briófitas pertencem ao reino Plantae e, desta forma, são eucariontes, fotossintetizantes e multicelulares. Estes organismos não possuem vasos condutores de seiva, nem estruturas rígidas de sustentação, justificando seu pequeno porte. Assim, o transporte de substâncias se dá por difusão e ocorre de forma lenta.
São encontradas predominantemente em ambientes úmidos, porém podem ser vistas em água doce, em locais extremamente secos ou mesmo nos polos da Terra. Estão divididas em três filos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta; sendo os indivíduos do primeiro os mais conhecidos por nós.
A parte permanente das briófitas é o gametófito (n). O esporófito (2n) depende deste último para sua nutrição, e não perdura por muito tempo.As briófitas dependem da água para a reprodução sexuada. Nesta situação, os gametas masculinos (anterozoides) se deslocam, com auxílio de seus flagelos, até os gametas femininos da planta (oosfera). Ao fecundar, o zigoto sofre mitoses e forma um embrião.
O embrião se desenvolve por meio de novas mitoses e dá origem ao esporófito. Em sua cápsula, desenvolvem-se esporos, a partir de meioses sofridas pelas células-mães. Estes são liberados após certo período, e o esporófito morre.
Encontrando condições propícias, os esporos desenvolvem-se, formando protonemas. Estes crescem e dão origem ao musgo adulto que, mais tarde, dará continuidade a este ciclo.Briófitas podem, ainda, se reproduzirem por fragmentação, na qual fragmentos de um indivíduo dão origem a outros gametófitos; ou por meio de propágulos: estruturas que se formam no interior de conceptáculos e que depois se desprendem, e se desenvolvem no solo.

4 bimestre

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Cordados

O Filo Chordata compreende indivíduos triblásticos, celomados e deuterostômios. Possuem circulação fechada, tubo digestório completo; tubo nervoso único, dorsal e oco; fendas faríngeas e cauda pós-anal. Podem apresentar simetria bilateral, crânio e endoesqueleto. 

Este filo é dividido em três Subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. Os dois primeiros são, didaticamente falando, denominados protocordados. Estes não possuem crânio e tampouco vértebras: cordados invertebrados. 

Urocordados são sésseis quando adultos e possuem notocorda apenas na fase larval, localizada na cauda. Possuem corpo recoberto por uma túnica protetora e se alimentam de plâncton, filtrado pelas fendas branquiais. 

Para a liberação de substâncias, água e gametas, o urocordado utiliza seu sifão anal (exalante); o sifão oral (ou inalante) permite a entrada de água. Possuem gânglios cerebrais e coração ventral. A reprodução pode ser assexuada, por brotamento, ou com fecundação externa, com larva livre-natante. Exemplo: ascídias, presentes em mares e costões rochosos. 

Cefalocordados têm o anfioxo como representante. Este, tipicamente marinho, possui tentáculos denominados cirros bucais, auxiliando na captura de alimentos e impedindo a passagem de partículas grandes. Diferentemente das ascísias, a notocorda está presente por toda a vida do animal. 

Esses indivíduos possuem fendas branquiais, onde ocorre a hematose, e a circulação é aberta. Possuem tubo neural. A reprodução é sexuada, com fecundação na água e desenvolvimento de larva. 

Vertebrados possuem endoesqueleto ósseo ou de cartilagem, com vértebras que se desenvolvem na fase embrionária e podem ou não permanecer, sendo a presença de crista neural e dos anexos embrionários, características exclusivas deste subfilo. 

Com mais de 50 mil espécies, os representantes vertebrados conquistaram os ambientes aquático, terrestre e aéreo. Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos estão abrigados neste grupo.
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Equinodermos


São conhecidas aproximadamente 6000 espécies pertencentes ao filo Echinodermata. Esses animais de epiderme e esqueleto interno calcários são triblásticos, celomados, sem metameria e deuterostômios, podendo apresentar espinhos. De hábito exclusivamente marinho, podem viver livres ou presos por pendúnculo, na região bentônica. No estágio larval, possuem simetria bilateral e, quando adultos, simetria radial.

O sistema hidrovascular (ou ambulacral), uma característica peculiar do filo, desempenha funções de locomoção, fixação e captura de alimentos. Além disso, auxilia na respiração e excreção. Ele consiste em canais cheios de água marinha, que penetram no corpo por uma placa perfurada denominada madreporito, e se comunicam com os pés ambulacrais, presentes na superfície do corpo. A pressão exercida na água pelos pés ambulacrais permite a locomoção, fixação e captura de alimentos desses animais.

O sistema digestório é completo, com digestão extracelular. O sistema circulatório pode ser ausente ou reduzido, dependendo da espécie, sendo as substâncias predominantemente distribuídas via celoma.

O sistema respiratório pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respiração é branquial. Não há sistema excretor: as excreções são lançadas diretamente no sistema hidrovascular.

O sistema nervoso é composto por um anel nervoso que circunda a boca, local onde estão os nervos radiais. Podem existir olhos simples, células táteis e olfativas.

A reprodução é sexuada. Os animais, dioicos, liberam os gametas na água. Após a fecundação, há o desenvolvimento de um ou mais tipos de larva, até que atinjam a idade adulta. Possuem excelente capacidade de regeneração.

Este filo possui duas classes e algumas subclasses:
CLASSE STELLEROIDEA: Compreende os indivíduos que apresentam corpo com braços.
Subclasse Asteroidea:Representada pelas estrelas-do-mar, habitantes de costas marinhas, praias e rochas. Possuem, geralmente, cinco braços, sendo que estes não partem de um disco central. São carnívoras e necrófagas.
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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Artropodes


Dentro do estudo dos invertebrados, o filo Arthropoda merece atenção especial por possuir o maior número de espécies do reino animal, agrupando mais de 800 mil exemplares, habitantes das mais diversas regiões do globo terrestre.

São triblásticos, protostômios e celomados. O corpo articulado, organizado em cabeça, tórax e abdome ou cefalotórax e abdômen e esqueleto externo (exoesqueleto) rico em quitina conferem características próprias desses animais. Em determinados momentos, o exoesqueleto antigo é substituído por um novo – fenômeno denominado muda, permitindo o crescimento do indivíduo.

Os indivíduos possuem tubo digestivo completo; sistema respiratório, com respiração traqueal ou branquial e excreção por tubos de Malpighi, na maioria deles.

Os artrópodes podem ser classificados usando como critério o número de patas. Abaixo, um quadro comparativo entre as classes mais conhecidas:

- Classe Crustacea: Possuem 5 ou mais pares de patas, 2 pares de antenas e corpo dividido em cefalotórax e abdome. A boca é ventral e possui mandíbulas. Tubo digestivo completo com algumas glândulas anexas, como o hepatopâncreas. Coração dorsal curto e artérias, com hemolinfa circulando, nem sempre, no interior dos vasos (circulação aberta ou lacunar). Sistema excretor com um par de glândulas verdes; aparelho respiratório braquial; pelos tácteis e sistema nervoso ganglionar. Exemplos: lagostas, camarões, cracas, siris, caranguejos, etc.

- Classe Arachnida: Com 4 pares de patas e corpo dividido em cefalotórax e abdome. O sistema digestivo é completo, sistema circulatório aberto e respiração traqueal ou filotraqueal – quando há uma abertura ventral no abdome, que se comunica com os pulmões foliáceos. A excreção se dá por meio de tubos de Malpighi ou por glândulas coxais. São, na maioria dos casos, dioicos com fecundação interna. Exemplos: aranhas, carrapatos, ácaros, opiliões, escorpiões, etc.

- Classe Chilopoda: 15 ou mais pares de patas; trocas gasosas efetuadas por um sistema de traqueias; túbulos de Malpighi. Corpo dividido em cabeça e tronco articulado. São carnívoros. Exemplos: centopeias e lacraias.

- Classe Diplopoda: Possuem de 18 a mais de 750 pares de patas. São dotados de um par de antenas curtas e um par de mandíbulas. São dioicos e a reprodução é sexuada. Exemplos: piolhos de cobra.

- Classe Insecta: 3 pares de patas, 1 par ou 2 pares de asa, ou nenhum, sendo este último o mais comum. 1 par de antenas e corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Possuem olhos compostos. A excreção se dá por tubos de Malpighi, liberando, principalmente, ácido úrico. A fecundação é interna, marcada por estágios larvais e metamorfose. Há algumas formas especiais de reprodução, como partenogênese, pedogênese e poliembrionia. A respiração é traqueal e o sistema nervoso, ganglionar, com cordão nervoso ventral. Exemplos: Borboletas, mosquitos, gafanhotos, etc.
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Anelídeos


Fertilizando o solo

Mas em que a minhoca contribui para a ecologia? Fique sabendo que ela é de suma importância, pois por ser detritívora, alimenta-se de detritos ou restos orgânicos de vegetais e animais. Estes, após serem "engolidos", são encaminhados para moela, onde serão triturados e levados ao intestino para digestão. 
Eliminadas através do ânus, as fezes da minhoca são ricas em restos alimentares que sofrem a ação de bactérias decompositoras, fertilizando assim o solo. O húmus (matéria orgânica em decomposição) é rico em nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), que são macro-nutrientes necessários às plantas em geral, dentre outros componentes. 
Além disto, ao escavar o solo, as minhocas formam túneis, favorecendo a aeração das raízes das plantas e a penetração das águas das chuvas
Dada a desproporção, pode parecer brincadeira, acredita-se que as minhocas podem revolver cerca de cinco toneladas de terra durante um ano. Estima-se também que, a cada metro quadrado de solo, existam 8.000 minhocas. Em solos muito férteis, elas podem chegar a 100.000 por metro quadrado. 
Para a felicidade geral da agricultura, as minhocas se reproduzem rapidamente: uma única minhoca põe de 12 a 16 milhões de ovos ao longo de sua vida que gira em torno de 16 anos. Sua maturidade sexual é atingida entre os 60 e 90 dias de idade. E sua reprodução pode ocorrer ao longo do ano, principalmente nas épocas de clima quente e úmido. 

Outros anelídeos

Há também os oligoquetos aquáticos, do gênero Tubifex. Tratam-se de pequenas minhocas avermelhadas que vivem no interior de rios e lagos. Sua proliferação permite identificar águas poluídas por detritos orgânicos. 
Também encontramos no filo dos anelídeos outras classes, são elas:
  • os poliquetos, que, em sua grande maioria, são animais marinhos; não são muito populares, nem conhecidos, pois vivem enterrados no fundo do mar. Uma curiosidade: uma espécie de poliqueto, o Eunice viridis, conhecido como palolo, é um prato requintado da culinária das ilhas de Samoa e Fiji, no oceano Pacífico; 
  • os aquetos ou hirudíneos. Um exemplar desta classe é a sanguessuga (Hirudo medicinalis).
Em séculos passados, elas eram utilizadas amplamente na medicina, para extrair o sangue das pessoas e tratar de problemas como a pressão alta, por exemplo. O paciente melhorava e não sentia nenhuma dor com este processo, pois a sanguessuga libera uma substância anestésica e anticoagulante, a hirudina. 
Vale lembrar que, atualmente, as sanguessugas voltaram a ser usadas em alguns países da Europa, inclusive por membros da família imperial britânica, que, por sua adesão às causas ecológicas, aceita esse tipo de medicamento natural. 
Portanto, se encontrar um anelídeo em seu caminho, lembre-se de todas as suas utilidades e nem pense em exterminá-lo.
http://educacao.uol.com.br/biologia/anelideos

3 bimestre

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Moluscos


Os moluscos são animais predominantemente marinhos e de vida livre, podendo, inclusive viver fixos ou enterrados. Embora exista grande diversidade de espécies, todos apresentam um mesmo plano estrutural e funcional. São conhecidas aproximadamente 50.000 espécies viventes, divididas em oito classes - entre as quais se destacam a classe dos gastrópodes, pelecípodes e cefalópodes - e 35.000 fósseis.
 
Gastrópodes são representados por caracóis, lapas, lesmas terrestres e marinhas, búzios, lotirinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar. É a classe mais diversificada do filo. Quando possuem concha, é uma peça única, podendo ser enrolada. São geralmente vagarosos, devido ao peso desta, principal forma de defesa. Para alimentação, todos utilizam rádula (órgão que permite ao animal raspar o alimento).

Pelecípodes, também conhecidos como bivalves, são representados pelos mexilhões, vieiras, ostras e teredos. Seus pés possuem forma de machado e há a presença de concha com duas valvas. A maioria são comedores de materiais filtrados e não possuem cabeça nem rádula. 

Na classe dos Cefalópodes, lulas, polvos, náutilos e sibas são representantes, podendo ter conchas internas ou ausentes. São predadores ativos, encontrados em altas profundidades.

Este filo abriga animais de corpo mole (mollusca!) e com simetria bilateral; triblásticos (três folhetos embrionários) e não segmentados; com corpo revestido por um epitélio simples, com cílios e glândulas mucosas. Além disso, são protostômios (no desenvolvimento embrionário, formam primeiro a boca e, depois, o ânus) e possuem celoma, um espaço preenchido por líquido no interior do organismo que, no caso dos moluscos, está localizado ao redor do coração e ao redor das gônadas e dos rins.

A reprodução é exclusivamente sexuada. Na maioria, os sexos são separados, embora existam espécies hermafroditas. A fecundação pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, alguns possuindo larva trocófora, similar à dos anelídeos marinhos, indicando que esses animais possuem ancestral em comum. 

É presente uma estrutura denominada manto, que se apresenta com modificações para desempenhar diversas funções e, na maioria dos casos, secreta uma concha. Além do manto, possuem pés e olhos bastante desenvolvidos – estes dois localizados na cabeça. 

Quanto à alimentação, podem ser herbívoros, carnívoros predadores, comedores de materiais filtrados, detritívoros e parasitas. O sistema digestivo é completo e alguns possuem rádula.

A excreção se faz por rins. O sistema nervoso é muito centralizado e do tipo ganglionar. Há estruturas sensoriais, tácteis, visuais, quimiorreceptoras e de equilíbrio. O sistema circulatório possui coração, vasos e seios sanguíneos e é, na maioria dos representantes, aberto, embora a maioria dos cefalópodes possuam ele fechado. A respiração pode ser cutânea, branquial ou pulmonar. 

Muitas espécies são utilizadas como alimento. Botões de madrepérola e pérolas são oriundas de conchas de bivalves e “tinta” usada por polvos como defesa era bastante usada em canetas de artistas e arquitetos. Alguns moluscos podem, também, ser danosos: alguns podem perfurar cascos de navios e âncoras de madeira (alguns bivalves), devastar plantações e jardins (caracóis e lesmas), ser hospedeiros de agentes patológicos (caramujos do gênero Biomphalaria), destruir ostras (caramujo perfurador), etc.
http://www.brasilescola.com/biologia/moluscos2.htm

Nematelmintos

O Filo Nematoda (nematos = fio) reúne os animais invertebrados cilíndricos, alongados (variando entre 1 mm a 50 cm) e afilados nas extremidades, sendo normalmente empregado como dimorfismo sexual, o aspecto relativo ao tamanho e a conformidade corporal: os nematódeos machos são menores que as fêmeas, e também possuem uma acentuada curvatura da extremidade posterior. 

Estes organismos são em sua maioria de vida livre, contudo existindo espécies endoparasitas (aproximadamente 50 espécies) de plantas e animais. Habitam os mais diversificados ecossistemas, sendo encontrados no solo, água doce e salgada. 

Entre as principais características anatômicas destacam-se: a bilateralidade corporal, a presença de três folhetos embrionários (triblásticos – com ectoderme, endoderme e mesoderme), a existência de uma falsa região celomática (cavidade parcialmente revestida de mesoderme, considerada pseudoceloma) e situação protostômica (durante o desenvolvimento embrionário forma-se primeiramente a boca e posteriormente o ânus). 

A digestão dos nematódeos é completa, ocorre de forma extra e intracelular, passando o alimento pelo trato digestório. 

Devido à ausência do sistema respiratório nestes animais, as troca gasosa ocorrem através da superfície cuticular epidérmica. 

O sistema circulatório também é ausente, assim, tanto os nutrientes digeridos e os gases absorvidos são transportados pelo fluido pseudocelomático, conferindo, além da difusão de substâncias, sustentação e auxílio na mobilidade, funcionando com esqueleto hidrostático. 

O sistema excretor elimina essencialmente substâncias nitrogenadas, secretando também íons dissolvidos no excesso de água por meio de células especializadas denominadas renete, captando e direcionando excrementos para um canal coletor principal que desemboca em um poro próximo ao orifício bucal. 

O sistema nervoso é presente, formado por um anel nervoso em torno da faringe com dois cordões nervosos longitudinais. 

A reprodução é sexuada, havendo fecundação de gametas que mantêm a variabilidade gênica da espécie, podendo ser monóica ou dióica. O ciclo de desenvolvimento costuma ser complexo, com diversos estágios, às vezes passando o organismo parasita por mais de um hospedeiro. 

Exemplo de duas principais parasitoses humanas: 
Ascaridíase (agente etiológico – Ascaris lumbricoides ou lombriga) 

Transmissão - ocorre através da ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes. O verme se aloja no intestino delgado do ser humano. 

Sintomas – o indivíduo pode manifestar-se por dor abdominal, diarréia e náusea. Dependendo da quantidade de vermes, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. 

Medidas de controle - Evitar as possíveis fontes de infecção, ingerir vegetais cozidos e não crus, higiene pessoal e fornecimento de saneamento básico adequado para a população. 

Oxiurose (agente etiológico – Oxyurus vermiculares ou enterobiose) 

Transmissão – ocorre também pela ingestão de ovos, podendo ser de forma direta, da região anal para a boca (comumente observado em crianças), ou indiretamente através de alimentos contaminados. 

Sintomas – náusea, dor abdominal e intensa secreção pruriginosa anal. 

Medidas de controle – higiene pessoal, lavar bem os alimentos e evitar utilizar roupas íntimas de outras pessoas, principalmente de pessoas desconhecidas.
http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/filo-nematoda.htm

Platelmintos

Os platelmintos, também chamados de vermes achatados, são animais invertebrados que possuem simetria bilateral, presença de três folhetos embrionários e ausência de cavidade celomática (acelomados). Podem ser terrestres, habitando locais úmidos, ou aquáticos, de água doce e também salgada, existindo espécies parasitas. 

CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS: 

- Sistema circulatório: ausente (o alimento é difundido pelo organismo passando de uma célula para outra); 
- Sistema excretor: presente (formado por uma rede de túbulos denominados protonefrídeos, culminando em um poro terminal localizado na região dorsal do animal); 
- Sistema respiratório: ausente (as trocas gasosas são realizadas diretamente com o meio); 
- Sistema nervoso: presente (constituído por um par de gânglios cerebrais dispostos na região anterior, irradiando cordões nervosos até a porção posterior);
- Sistema sensorial: presente (através de células fotoreceptoras, os ocelos, esses organismos conseguem se orientar captando energia luminosa).

A reprodução é bem diversificada, existem espécies que se reproduzem assexuadamente por fragmentação, outras sexuadamente com desenvolvimento direto ou indireto (passando por estágio larval). 

Os principais representantes desse grupo são as planárias (Classe Tubelaria), e as tênias solium e saginata (Classe Cestoda) e vermes trematódeos (Classe Trematoda).
http://www.brasilescola.com/biologia/platelmintos.htm

Cnidários


O Filo Cnidária, anteriormente denominado de coelencerata, abrange os animais aquáticos, de forma geral, os marinhos, contudo com alguns representantes de água doce, reunindo em sua totalidade mais de 9 mil espécies representadas principalmente por organismos que vivem isoladamente (hidras, anêmonas-do-mar) e as formas coloniais (as caravelas).

Quanto à organização corporal, esses animais são considerados dibásticos, apresentando dois folhetos germinativos (ectoderma e endoderma), durante o desenvolvimento germinativo, que orientam a formação da estrutura de revestimento corporal em duas camadas: a epiderme e a gastroderme.

Esses animais manifestam dois tipos morfológicos: os pólipos (organismos sésseis) e as medusas (organismos livre-natantes), ambos manifestam orifício bucal por onde o alimento é ingerido, e em seguida transferido à cavidade gastrovascular responsável pela digestão parcial dos nutrientes absorvidos pelas células que revestem essa cavidade, e dessas aos demais tecidos.

Como esse grupo não possui ânus, os resíduos não metabolizados são eliminados também pela boca.

Em sua região superior, existem projeções (os tentáculos) que efetuam tanto a captura de alimentos quanto o mecanismo de defesa, em razão da presença de células especializadas, os cnidoblastos. Esse tipo celular possui, além de um mecanismo disparador de espícula que fere a presa, outro que armazena e libera substâncias urticantes, causando irritabilidade e sensações dolorosas.

A reprodução pode ser assexuada, através da emissão de pequenos brotos que se desprendem dos pólipos, ou sexuada, por meio de gametas dispersos na água, onde fecundam e originam um zigoto.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Sistema Digestivo – incompleto (intra e extracelular);
Sistema Circulatório – ausente (os alimentos se difundem através da cavidade gastrovascular);
Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas diretamente com o ambiente),
Sistema Excretor – ausente (as excretas são liberadas diretamente no meio extracelular);
Sistema Nervoso – presente (difusamente espalhado pelo corpo)
http://www.brasilescola.com/biologia/filo-cnidaria.htm

Metazoa - Poriferos

O filo Porifera abriga animais aquáticos, geralmente marinhos, sem tecidos ou órgãos definidos e sésseis, e se encontram fixados ao substrato. Podem variar quanto à forma, cor e tamanho. O corpo é cilíndrico, oco, com uma abertura na região aérea, denominada ósculo e revestido por células pavimentosas, denominadas pinacócitos, as quais são interrompidas com algumas aberturas, denominadas porócitos. Estas propiciam a entrada de água contendo alimento e oxigênio, motivo pelo qual consideramos as esponjas como sendo animais filtradores. 

As esponjas não possuem sistema nervoso e células sensoriais. Apesar disso, a maioria é capaz de se contrair quando submetida a estímulos fortes, transmitidos de célula para célula. 

Internamente, na espongiocela, há células flageladas: os coanócitos, que permitem um fluxo de água contínuo nesta região, propiciando, inclusive, a eliminação de excreções e gás carbônico com a mesma. O alimento – partículas orgânicas e bactérias – fica preso em projeções localizadas ao redor do flagelo, onde pode ocorrer a digestão intracelular ou fazer com que seja direcionado para células denominadas amebócitos.

Entre pinacócitos e coanócitos há o meso-hilo, uma matriz gelatinosa cujas células, os amebócitos, têm capacidade de se diferenciar em qualquer um dos tipos celulares do indivíduo e têm condições de realizar digestão e distribuir os nutrientes para as outras células.

É nesta matriz gelatinosa, também, que se localizam a espículas, estruturas de sustentação das esponjas constituídas de carbonato de cálcio ou sílica. Algumas espécies com espículas de sílica podem ser, também, sustentadas por fibras flexíveis e de natureza proteica, constituídas de espongina. Há, ainda, representantes que possuem apenas tais fibras, sendo estas as esponjas utilizadas para banho.

Por regeneração de partes perdidas do corpo e formação de broto a partir da célula-mãe se dá a reprodução assexuada dos espongiários.

A reprodução sexuada pode existir, consistindo em fecundação dos espermatozoides (que se diferenciam a partir dos coanócitos) com óvulos (diferenciados a partir dos amebócitos ou coanócitos) no meso-hilo, resultando em uma blástula ciliada que, após algum tempo vivendo como componente do plâncton, se fixa a um substrato e se torna uma esponja verdadeira.

Apesar de a maioria das esponjas ser monoica, há espécies dioicas, com sexos separados.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Fungos

Os fungos já foram classificados como vegetais e também como protistas. Atualmente são agrupados num reino à parte, chamado o reino Fungi. Este grupo inclui organismos diversos, que vivem em quase todos os ambientes terrestres e apresentam uma grande variação de formas e tamanhos.


Podem ser desde fungos microscópicos, formados por uma única célula (unicelulares), como é o caso das leveduras, até formas pluricelulares que atingem um tamanho considerável, como os bolores e os cogumelos. O maior fungo conhecido vive sob o solo de uma floresta nos Estados Unidos e ocupa uma área subterrânea de cerca de 9 km2!
Os fungos são organismos heterótrofos, ou seja, não produzem o próprio alimento, dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para sobreviver. As espécies que se alimentam de matéria orgânica morta possuem um papel importante na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas. 
Sua reprodução pode ser tanto assexuada, através de brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, através do encontro de indivíduos de sexos diferentes.
O corpo das espécies pluricelulares é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação. O micélio corresponde a um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas enquanto o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva destes fungos. Por exemplo, o bolor preto que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo, corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.



Agentes decompositores

Como vimos acima, muitos fungos são saprófagos, "desmancham" animais e plantas mortas, e, desta forma, permitem que a matéria orgânica retorne ao ambiente e dê continuidade ao ciclo da vida.
Porém, esta ação de decomposição pode ser prejudicial ao homem. Quem nunca teve alimentos, roupas, móveis de madeira e outros objetos mofados e estragados pela atividade dos fungos?

Fungos na alimentação

Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana. É o caso dos cogumelos, como o champignon e o shitake. Outros fungos são utilizados na produção de alimentos, como o pão, e em bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.
Na fabricação do pão são utilizadas as leveduras (Saccharomyces cerevisiae), também chamadas de fermento. Estes fungos realizam um processo chamado fermentação, através do qual produzem gás carbônico e álcool etílico a partir do açúcar. O gás carbônico, liberado neste processo, cria pequenas bolhas de gás no interior da massa, fazendo com que o pão cresça e fique fofinho.
A produção de bebidas é realizada através da fermentação de diferentes ingredientes. O vinho, por exemplo, é fabricado a partir da fermentação da uva. Já a cerveja é produzida através da fermentação da cevada.

Medicamentos e parasitas

Alguns fungos produzem compostos capazes de matar bactérias(substâncias bactericidas). A partir destas substâncias são fabricados antibióticos, como a penicilina, utilizada no combate a doenças infecciosas causadas por bactérias do gênero Streptococcus.
Muitos fungos são parasitas, causando doenças nos animais, no homem, e também nas plantas. As micoses são doenças provocadas por fungos, e vão desde frieiras nos dedos dos pés, até graves infecções nos órgãos internos.
Nas plantas estes organismos podem causar uma doença chamada "ferrugem", que provoca lesões de coloração alaranjada nas folhas e pode levar à perda de plantações inteiras.

Associações com outros organismos

Algumas espécies de fungos estabelecem associações que são benéficas tanto para eles quanto para os hospedeiros. Este tipo de relação é chamado de mutualismo. Dois exemplos são os líquens e as micorrizas. Os líquens são associações entre fungos e algas e as micorrizas entre os fungos e as raízes de certas plantas.
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Protoctistas



O reino Protoctista é constituído por organismos unicelulares eucariontes representados pelos protozoários e pelas algas.

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Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com 20 mil espécies. Sendo em grande maioria aquáticos, vivem em mares, rios, tanques, aquários, poças, terra úmida e lodo. São microscópicos, porém algumas espécies podem ser vistas a olho nu, como o Spitostomum (3 mm) e a Globigerina.

Denomina-se pseudópodes, os rizópodes ou sarconídeos, protozoários que se locomovem por expansões do citoplasma. Auxiliam tanto a locomoção como a nutrição.

Os cromossomos representam o material genético.

O citoplasma é formado por material gelatinoso. Está diferenciado em duas zonas, uma externa, o ectoplasma, e outra interna, o endoplasma. As organelas e granulaçõesresponsáveis pelas atividades vitais dos protozoários são encontradas no endoplasma.

Esses protozoários reproduzem-se assexuadamente, por divisão binária.

Os flagelados são protozoários que podem ter vida livre, ser parasitas e mutualísticos. Reproduzem-se assexuadamente por bipartição longitudinal.

Os protozoários ciliados são os que se locomovem por meio de cílios. Possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcelo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução).
Reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução sexuada ocorre por conjugação, que consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e troca de material genético dos micronúcleos.
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2 Bimestre

Taxonomia de Lineu

Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.
A primeira tentativa de se classificar as mais de 10 milhões de espécies de seres vivos da terra, data de 3 séculos antes de Cristo quando Aristóteles classificou os animais em “sem sangue vermelho” e “com sangue vermelho”. Como se pode perceber, essa classificação não era nem um pouco prática, então começaram a surgir outras tentativas de classificar os seres vivos.
No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray (considerado o pai da história natural inglesa). No século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico até que, em 1735, Carl Von Linné (1707-1778), mais conhecido como Lineu, publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos (neste caso as plantas) em classes, ordens, gêneros e espécies. A partir daí passou-se a usar o sistema binominal criado por Lineu para classificar as diferentes espécies de plantas adotando-se um primeiro nome em latim para indicar o gênero e um segundo nome indicando a espécie.
A obra de Lineu foi mais tarde republicada em dois volumes (1758-1759) nos quais sua classificação foi aprimorada e os seres vivos classificados de acordo com suas características morfofisiológicas, genéticas e evolutivas em três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. A classificação binominal foi consolidada e vários dos termos utilizados por Lineu, como flora, fauna e etc., são usados até hoje, motivos pelos quais Lineu é considerado o pai da taxonomia moderna.
A taxonomia se divide em dois grandes ramos. Um deles, a sistemática, trabalha com a divisão dos animais em grupos de acordos com suas semelhanças; e a nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação dos seres vivos com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal.
Os seres vivos são classificados da seguinte maneira: reinofiloclasseordemfamíliagênero e espécie.
A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem as mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante, fisiologia e desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental: o cruzamento de animais da mesma espécie deve originar um novo animal fértil. O exemplo mais comum para se ilustrar o que é uma espécie é o cruzamento entre um jumento e uma égua. Ambos, aparentemente preenchem todas as características acima e poderiam ser da mesma espécie, entretanto de seu cruzamento nasce o burro que um animal infértil e, portanto, o jumento e a égua não podem ser considerados como sendo da mesma espécie.
Algumas espécies de plantas conseguem cruzar com plantas de espécies diferentes e originar um descendente fértil, entretanto, elas não são consideradas da mesma espécie por isso.
Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros e os gêneros, por sua vez são agrupados em famílias. Várias famílias formam uma ordem. Claro que conforme se avança na classificação das espécies em sentido crescente (espécie à gênero à família…) a diversidade vai aumentando e as diferenças entre os seres também.
Várias ordens de animais com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em classes. Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes. As classes, por sua vez, fazem parte dos filos e os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Virus

Vírus é uma partícula basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente reproduzem-se pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bactéria e archaea). Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucléico (seja DNA ou RNA, já se há conhecimento hoje de vírus que possuem os dois) cercada por alguma estrutura protetora consistente de proteína também conhecida como envelope protéico ou cápsula protéica; ou feita de proteína e lipídio. Das 1.739.600 espécies de seres vivos existentes, os vírus representam 3.600 espécies.

Monera

Bactérias são organismos unicelulares, procarióticos, que podem ser encontrados na forma isolada ou em colônias e pertencente ao reino Monera. São micro organismos constituídos por uma célula, sem núcleo celular nem organelos membranares.

Descobertas por Anton van Leeuwenhoek em 1683, as bactérias foram inicialmente classificadas entre as plantas; em 1894, Ernst Haeckel incluiu-as no reino Protista e atualmente as bactérias compõem um dos três domínios do sistema de classificação cladístico. Vulgarmente, utiliza-se o termo "bactéria" para designar também as archaebactérias, que atualmente constituem um domínio separado. As cianobactérias (as "algas azuis") são consideradas dentro do domínio Bactéria.

As bactérias são normalmente microscópicas ou submicroscópicas (detectáveis apenas ao microscópio eletrônico), com dimensões máximas tipicamente da ordem dos 0,5 a 5 micrómetros. Uma excepção é uma bactéria (Epulopiscium fishelsoni) isolada no tubo digestivo de um peixe, com um comprimento compreendido em 0,2 e 0,7 mm.

O estudo dos diferentes microrganismos, tais como bactérias, fungos, vírus e parasitas, é da responsabilidade da Microbiologia.

A estrutura da célula bacteriana é a de uma célula procariótica, sem organelos ligados à membrana celular, tais como mitocôndrias ou plastos, sem um núcleo rodeado por uma cariomembrana e sem DNA organizado em verdadeiros cromossomas, como os das células eucariotas.

Estruturas da célula procariota:

1.O nucleóide não é um verdadeiro núcleo, já que não está delimitado do resto da célula por membrana lipídica própria. O nucleóide consiste em uma única grande molécula de DNA com proteínas associadas. O seu tamanho varia de espécie para espécie. Na Escherichia coli, uma bactéria típica, o genoma tem quase 5 milhões de pares de bases e vários milhares de genes codificando mais de 4000 proteínas (o genoma humano tem 3 mil milhões de pares de bases e cerca de 40.000 proteínas). 

2.Os plasmídeos circulares são pequenas moléculas de DNA que coexistem com o nucleóide. São comummente trocadas na "reprodução sexual" entre bactérias. Os plasmídeos têm genes, incluindo freqüentemente aqueles que protegem a célula contra os antibióticos. 

3.O hialoplasma é um liquido com contistência de gel, semelhante ao dos eucariotas, com sais, glicose e outros açúcares, proteínas funcionais e várias outras moléculas orgânicas. Contém também RNA da transcrição gênica, e cerca de 20 mil ribossomas. Os ribossomas procariotas são bastante diferentes dos eucariotas (essas diferenças foram usadas para desenvolver antibióticos usados para só afectar os ribossomas das bactérias). 

4.A membrana celular é uma dupla camada de fosfolípides, com proteínas importantes (na permeabilidade a nutrientes e outras substâncias, defesa, e na cadeia respiratória e produção de energia). 

5.A parede celular bacteriana é uma estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e confere forma às bactérias. É uma estrutura complexa composta por peptidoglicanos, polímeros de carboidratos ligados a proteínas como a mureína, com funções protectoras. A parede celular é o alvo de muitos antibióticos. Ela contém em algumas espécies infecciosas a endotoxina lipopolissacarídeo (LPS) uma substância que leva a reação excessiva do sistema imunitário, podendo causar morte no hóspede devido a choque séptico. 

6.Algumas espécies de bactérias têm uma camada de polissacarídeos que protege contra desidratadão e reconhecimento pelo sineide, chamada de cápsula. 

7.Os pili são microfibrilhas proteicas que se estendem da parede celular em muitas espécies Gram-negativas. Têm funções de ancoramento da bactéria ao seu meio e são importantes na patogénese. Um tipo especial de pilus é o pilus sexual, estrutura oca que serve para ligar duas bactérias, de modo a trocarem plasmídeos. (Pilus vem do Latim, que significa pêlo, cabelo. Pili - Plural; Pilus - Singular) 

8.O flagelo é uma estrutura proteica que roda como uma hélice. Muitas espécies de bactérias movem-se com o auxílio de flagelos. Os flagelos bacterianos são muito simples e completamente diferentes dos flagelos dos eucariotas (como, no homem, os dos espermatozóides). 

9.Os vacúolos não são verdadeiros vacúolos já que não são delimitados por dupla membrana lipídica como os das plantas. São antes grânulos de substâncias de reserva, como açúcares complexos. 

10.Algumas bactérias podem enquistar, formando um esporo, com um invólucro de polissacáridos mais espesso e ficando em estado de vida latente quando as condições ambientais foram desfavoráveis.

sábado, 7 de abril de 2012

Teorias para explicar a origem da vida no planeta Terra

- Panspermia: A panspermia é a hipótese de que os seres vivos não se originaram em nosso planeta, mas sim em outro ponto do universo, tendo sido transportados pelo espaço cósmico, possivelmente sob forma de esporos. Seus defensores argumentam que o lapso de tempo necessário à evolução da vida seria maior que os 4,5 bilhões de anos desde a formação da Terra, e a alguns anos atrás foi encontrado um meteoro que dentro existia um tipo de bactéria que já existia aqui no nosso planeta.
- Biogênese: É uma uma lei biológica que fala que a geração espontânea que diz que certos seres vivos poderiam surgir não só da reprodução dos seres vivos. segundo a qual a matéria viva procede sempre de matéria viva.O primeiro passo na refutação científica da abiogênese aristotélica foi dado pelo italiano Francesco Redi no colégio SION, que em 1668,  fez um experimento da seguinte forma: utilizando dois potes, colocou um pedaço de carne em cada. Um estava completamente aberto, outro com uma tela de proteção impedindo a entrada de moscas. Ele então observou que os vermes só surgiram no pote que estava aberto, onde as moscas entraram e botaram seus ovos. Em suas "Experiências sobre a geração de insetos", Redi disse:
"A evolução do indivíduo deve reproduzir a da espécie."
- A origem através da química: Na atmosfera primitiva do nosso planeta existiram gases como: 
CH4 (metano),
NH3 (amônia),
H2 (hidrogênio),
CO2 (dióxido de carbono)
H2O (na forma de vapor de água) e
H2S (gás sulfídrico) além de
N2 nitrogênio.
que através de uma chuva caíram em uma rocha que se localizava perto da água, com o tempo essa rocha comessou a se desgastar e os gases caíram na água, e com a ajuda dos raios UVA e UVB  estes gases se combinaram e formaram os compostos orgânicos, e assim foi formada a primeira células vivas.